sexta-feira, 27 de maio de 2016

NÃO VAMOS "FALAR" DE ESTUPRO

Já dizia a sabedoria popular: "Uma imagem fala mais que mil palavras". Vamos deixar, então, que essas imagens falem sobre a adolescente que foi estuprada por 33 homens...
 
 




quinta-feira, 12 de maio de 2016

VIDA E MORTE DE SÓCRATES


Caros alunos.
Certa vez um respeitado professor de Filosofia (Walter Omar Kohan - cujas ideias estudei no mestrado), me disse: "Nenhum professor de Filosofia é bom professor de Filosofia se não tiver, ao menos uma vez, dado uma aula sobre Sócrates".
Ele tem toda razão. Sócrates não é apenas um divisor de águas na história do pensamento filosófico ocidental, mas também um modelo de lucidez e coragem.
Abaixo encontra-se o link para um vídeo que narra a última parte da vida desse pensador. Aos meus alunos de Filosofia, sugiro que assistam o vídeo pensando em Sócrates como um sábio que entendeu à risca o significado da palavra FILOSOFIA. Aos alunos de ética, bom... o vejam como o grande modelo de postura e sapiência diante das decisões coletivas e leis da cidade. Aos alunos de lógica, prestem muita atenção na capacidade de argumentação e interrogatório que Sócrates desenvolveu (sobretudo na parte de seu julgamento e nos momentos anteriores à sua morte).
Espero que a vida e a morte de Sócrates nos ajude a ser melhores do que este mundo massificador espera que sejamos.
Boa reflexão!  
Filme: O final da vida de Sócrates
Texto: Sócrates, a Filosofia e a questão da morte (para entender o início do filme)

terça-feira, 10 de maio de 2016

NASCEMOS DUAS VEZES




Por Julio César Gonçalves

Aristóteles afirmou certa vez: "O homem é um animal político", um animal social. Evidentemente que ele se referia à natureza coletiva dos seres humanos.
Nós não nascemos para viver isolados, não somos ilhas. Somos arquipélagos.
Desde os primórdios da vida humana o homem se organizou em agrupamentos, mais ou menos vinculados afetivamente. Uma das primeiras formas de associação foi o clã. A primeira família. Aliás, é na família que se busca os elementos-chave para a compreensão da sociedade: as relações interpessoais, o sentimento de pertença, objetivos focados e comuns, dependência mútua compartilhada etc. Depois vieram as tribos, as aldeias (ou genos) e só depois as sociedades complexas.
Ora, nascemos, vivemos e morreremos sempre aptos a CONVIVER, a estar em comunidade, e, conviver é diferente de viver  - não apenas por uma questão de conceito e etimologia -, mas porque estão ligadas à coisas distintas.
Quem vive? Ora, nós vivemos. Nós quem? Nós seres humanos. Mas somente seres humanos vivem? Não... Todo ser vivo vive. Parece óbvia tal resposta.
O que caracteriza a vida em um ser vivo são o conjunto de atributos biológicos presentes em sua constituição. Respirar, movimentar-se, desenvolver-se, reproduzir, envelhecer, morrer. Sob estes aspectos (biológicos), somos tão vivos quanto uma bactéria. Entretanto, quando falamos de convivência, falamos de atributos tipicamente humanos. A própria acepção da palavra já deduz: CONVIVER = VIVER COM o outro. Conviver é ensinar e aprender, é ajudar e ser ajudado, é se tornar melhor com outras experiências compartilhadas. Conviver é ser melhor a cada dia. Nisso nos diferenciamos dos outros seres vivos, porque não são aspectos apenas biológicos de que somos feitos, mas também sociais. 
Então quer dizer que os animais não convivem entre si? Do ponto de vista sociológico não. Essa é uma realidade tipicamente humana. Os animais podem viver em bandos e expressar certas reações muito semelhantes às que apresentamos na convivência diária, entretanto, eles não têm algo que é extremamente importante para caracterizar a convivência: a consciência. Outros seres vivos não agem movidos pela decisão livre e consciente. Agem por impulso, por instintivo. Os animais e plantas se alimentam pelo instinto da fome, por exemplo, nós, além dos instintos, nos alimentamos por outras motivações (ansiedade, gula, para não fazer "disfeita"). Os animais se relacionam sexualmente e se reproduzem para manter a espécie, nós, além deste motivo, nos relacionamos por carências, por prazer, por vingança, por amor. Fazemos controle de natalidade, criamos métodos contraceptivos, abortamos.
Portanto, é-nos evidente que temos duas naturezas. Podemos dizer até que sofremos dois partos: um natural e, portanto, biológico; e, outro social, porque nascemos para a cultura, para os costumes, para o mundo que nos rodeia.

terça-feira, 3 de maio de 2016