quinta-feira, 26 de novembro de 2009

HOMOFOBIA - Trabalho dos alunos da 3ª série


A homofobia (homo= igual, fobia=do Grego φόβος "medo"), é um termo utilizado para identificar o ódio, a aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais e, consequentemente, contra a homossexualidade, e que pode incluir formas sutis, silenciosas e insidiosas de preconceito e discriminação contra homossexuais.
O termo é um neologismo criado pelo psicólogo George Weinberg, em 1971, numa obra impressa, combinando a palavra grega phobos ("fobia"), com o prefixo homo-, como remissão à palavra "homossexual".
Phobos (grego) é medo em geral. Fobia seria assim um medo irracional (instintivo) de algo. Porém, "fobia" neste termo é empregado, não só como medo geral (irracional ou não), mas também como aversão ou repulsa em geral, qualquer que seja o motivo.
Etimologicamente, o termo mais aceitável para a idéia expressa seria "Homofilofóbico", que é medo de quem gosta do igual.

Motivos para a homofobia:
Alguns estudiosos e indivíduos comuns atribuem a origem da homofobia às mesmas motivações que fundamentam o racismo e qualquer outro preconceito. Nomeadamente, uma oposição instintiva a tudo o que não corresponde à maioria com que o indivíduo se identifica e a normas implícitas e estabelecidas por essa mesma maioria, nomeadamente a necessidade de reafirmação dos papéis tradicionais de género, considerando o indivíduo homossexual alguém que falha no desempenho do papel que lhe corresponde segundo o seu género.
Algumas pessoas consideram que a homofobia é efetivamente uma forma de xenofobia na sua definição mais estrita: medo a tudo o que seja considerado estranho. Esta generalização é criticada porque o medo irracional pelo diferente não é, aparentemente, a única causa para a oposição à homossexualidade, já que esta atitude pode também provir de ensinamentos (religião, formas de governo, etc.), preconceito, informação ou ideologia (como em comunidades machistas), por exemplo.

Manifestações homofóbicas no Brasil:
Segundo o professor Luiz Mott, do departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia, a homofobia é uma "epidemia nacional". Ele assevera que o Brasil esconde uma desconcertante realidade: "é o campeão mundial em assassinatos de homossexuais, sendo que a cada três dias um homossexual é barbaramente assassinado, vítima da homofobia".
Porém tal afirmação não implica necessariamente que as pessoas homossexuais sejam, efectivamente, um alvo preferencial quando comparados com outras orientações sexuais no Brasil. Os dados indicam que de 1980 a 2007, foram assassinadas 2.647 pessoas identificadas como homossexuais, enquanto o total de assassinatos no país foi de 800.000 pessoas de 1980 a 2005. Segundo estes dados temos uma média de 32000 assassinatos por ano para a população em geral, e de apenas 100 assassinatos por ano para pessoas homossexuais o que é muito abaixo das percentagens de pessoas homossexuais normalmente apresentadas relativamente à população em geral que variam entre 1% e 14%. Assassinatos contra homossexuais podem, ainda, ser perpetrados pelos própris integrantes desta categoria social. Deve-se ter em conta, contudo, que nem todos os crimes motivados por homofobia são visibilizado, pois em alguns casos a orientação sexual da vítima é mantida em sigilo. Assassinatos motivados por discriminação contra esse segmento da sociedade são especialmente graves por conterem a variável da discriminação internalizada, sendo assim, crimes de caráter hediondo, assim como qualquer outro crime proveniente de conduta discriminatória. É preciso também ter em mente que nem todas as manifestações homofóbicas resultam em violência letal, podendo ocorrer agressão física, agressão verbal ou atitudes silenciosas de discriminação motivados pela orientação sexual.
O mais recente caso homofóbico registrado no Brasil foi o da psicóloga Rozângela Alves Justino, que atende no Rio de Janeiro, punida pelo Conselho Federal de Psicologia por tentar "curar" pessoas homossexuais que procuravam seu consultório, em clara discordância à Organização Mundial da Saúde que não considera a homossexualidade uma doença há anos.
Segundo Mott, no seu livro Causa Mortis: Homofobia, a homofobia é danosa mesmo quando não explicitamente manifestada, uma vez que as pessoas podem inrustir seu preconceito sem exteriorizar os motivos como acontece com o racismo. Numa eventual lei contra a homofobia, Mott explica que ela não seria coibida totalmente, criando uma tensão nos relacionamentos cotidianos, gerando discriminação sutil como acontece com os negros no Brasil. A proposta de lei, ainda segundo Mott, mesmo que aprovada teria o grande desafio de superar os valores da sociedade tradicional, e somente a conscientização na sociedade é capaz de transformar a realidade do homossexual no país.

Grupos considerados homofóbicos:
Há diversos grupos, políticos ou culturais que se opõem à homossexualidade. Geralmente quanto mais um grupo político se encontra à direita no espectro político maior a dose de preconceito contra pessoas homoafetivas (extrema direita: nazi-fascimo, conservadores: Bush, Maluf). Dependendo da forma como aplicam a sua oposição (que varia do "não considerar um comportamento recomendável" até à "pena de morte") pode ser considerados "fundamentalistas" ou não. As manifestações desta oposição podem ter consequências directas para pessoas não homossexuais.
Em muitos casos esta oposição tem reflexos legais, novamente variando entre leis que diferenciam entre casais do mesmo sexo e casais do sexo oposto, até países em que se aplica a pena de morte a homens que tenham sexo com homens.
No entanto, há alguns grupos dentro das ideologias e religiões apresentadas que apoiam ativamente os direitos das pessoas GLBT. Da mesma forma existem indivíduos homossexuais, associações e grupos LGBT que podem, mesmo assim, manifestar-se de forma considerada homofóbica em determinados contextos.

Alunos: Gabriel Ferrazza Milioli e Giovani Chiari Galle

terça-feira, 17 de novembro de 2009

RACISMO - trabalho dos alunos da 3ª série



HERÓIS NEGROS EM HISTÓRIAS EM QUADRINHOS


Todos nós já lemos histórias em quadrinhos, mas será que todos reparam na discriminação racial que ocorre? Já notaram que a maioria dos heróis é branca? Com raríssimas exceções é isso mesmo que acontece! Nesse trabalho vamos apresentar alguns dos heróis negros mais famosos, apesar de existirem poucos!
A Era de Revolução (1956 – 1969) Ebulição Social. No final dos anos cinqüenta e início dos sessenta o Movimento Negro começava a tomar as ruas dos Estados Unidos, reivindicando a melhoria da condição de vida dos afro-americanos. O Movimento Negro se dividia em diversas vertentes, desde a mais pacifista, que era representada pelo Movimento dos Direitos Civis do Reverendo Martin Luther King até as mais radicais, que podíamos ver na Nação do Islã de Malcom X e no Partido dos Panteras Negras. Tal ebulição social acabou se refletindo nos quadrinhos e é sobre o surgimento de alguns personagens negros nos comics nesse período que esse artigo vai tratar.
Foi nesse contexto que surgiu o super Capitão América, que pra espanto da maioria é negro sim, mas na primeira versão original, hoje em dia é branco.


Era da Explosão Negra. Os anos setenta foi um período interessante da história dos Estados Unidos, porque no início dessa década a sociedade americana começou a reconhecer a validade de várias das reivindicações dos movimentos sociais que ocorreram na década anterior. As chamadas “ações afirmativas” começaram a ser aplicadas e o cinema foi tomado pelo movimento “blaxplotation”, onde filmes protagonizados e dirigidos por artistas negros tiveram um enorme êxito de bilheteria. Obviamente, a indústria dos quadrinhos não ia ficar de fora dessa e a partir daí houve também uma “explosão negra” nos gibis e a maior parte dos heróis “negões” que conhecemos deu o ar da graça nessa época. É difícil relacionar todos esses personagens, e por isso vamos nos ater aqui aos mais importantes ou então aqueles que têm a história mais curiosa.
Um desses personagens negros de muito destaque é o Lanterna Verde, que nos enredos modernos participa da Liga da Justiça. Diferentemente do Capitão América, Lanterna Verde não “nasceu” negro, e sim branco, porém, com o passar do tempo foi sofrendo adaptações e hoje em dia é afro. Tudo começou quando a história tomou um rumo no qual um dos lanternas verdes entrou em coma e foi preciso escolher um reserva. É escolhido então um arquiteto negro desempregado chamado John Stewart e como teste o incumbe de proteger um político racista que, no final descobrimos estar por trás da tentativa de incriminação de comunidades negras. John passou no teste, virou reserva da Tropa dos Lanternas Verdes e fez algumas aparições ocasionais na revista do Lanterna durante os anos setenta, mas como foi dito acima, sua relevância no universo DC só seria sentida mesmo no início do século XXI, principalmente devido a sua participação no fabuloso desenho animado “Liga da Justiça”.


A Era Moderna (1987 – 2004). Nos anos trinta, eram raras as participações de personagens negras nos quadrinhos, e restritas basicamente a caracterizações estereotipadas. A partir dos anos sessenta, os primeiros coadjuvantes mais realistas e os primeiros super-heróis surgiram, o que culminou nos anos setenta com uma grande “explosão negra”, caracterizada pela aparição de inúmeros heróis negros nas páginas dos gibis. Em 1992, a indústria americana dos comics foi sacudida com o surgimento da editora Image Comics, que foi fundada pelos artistas que naquela época eram os campeões de vendas de gibis na Marvel. Entre os títulos de estréia da nova editora dois se diferenciavam por serem protagonizados por heróis negros: “Shadowhawk” e “Spawn”.


Quanto ao Spawn, praticamente todo fã sabe que o personagem é um mercenário que, depois de morto fez um pacto com uma entidade diabólica para ressuscitar e, em troca aceita servi-la como seu agente no mundo dos vivos. A despeito das críticas que se possam fazer a qualidade dos roteiros ou ao seu criador, Todd McFarlane, Spawn foi um campeão de vendas e até hoje é publicado com boas vendas nos EUA e no Brasil. Com certeza é o personagem negro mais bem-sucedido do ponto de vista comercial nos quadrinhos.

Por último e pra fechar com chave de ouro vamos falar um pouco do Super Shock, um adolescente americano negro que leva uma vida normal com exceção dos momentos em que precisa “salvar a cidade”. Mas por ser um desenho que não possui revista em quadrinhos, não entra no nosso artigo e, portanto, foi apenas citado. Apesar de merecer uma história impressa.




Trabalho realizado por Luiza e Dalton

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

XENOFOBIA - Trabalho dos alunos da 3ª série



Xenofobia é uma palavra de origem grega que significa antipatia ou aversão a pessoas e objetos estranhos. O termo tem várias aplicações e usos, o que muitas vezes provoca confusões em relação ao significado. A xenofobia como preconceito acontece quando há aversão em relação à raça, cultura, opção sexual, etc.

Em outra abordagem, o termo é usado para designar uma doença psiquiátrica, o indivíduo portador possui medo excessivo de situações e pessoas estranhas. De forma mais sintetizada, é o temor de uma pessoa em relação a tudo que é diferente para ela; exceto os casos de medo natural do desconhecido; nesse caso não é considerado xenofobia.
A xenofobia, como doença, é considerada uma perturbação psicológica de característica fóbica; sua principal característica é a elevada ansiedade desenvolvida a partir de situações vividas por um indivíduo quando se depara com um fato inédito ou estranho.
Pessoas que possuem esse distúrbio geralmente evitam ter contato com outros indivíduos estranhos, essa atitude tem como objetivo poupar o xenófobo de angústia, ansiedade, elevação da tensão arterial e freqüência cardíaca, além de apresentar ataque de pânico.

Um exemplo de xenofobia é o nazismo:
O Nazismo alcança um patamar nunca alcançado na história, torna-se uma Política de Estado para eliminar outros povos considerados biologicamente inferiores. Isto porque Hitler: "julga que só a raça ariana é "depositária do progresso da civilização" e, portanto, como um povo de senhores, tem de conquistar e submeter as raças inferiores."
O Nazismo consistia assim em um movimento que defendia a superioridade da raça ariana e a doutrina do "espaço vital" nacional necessário aos alemães, um espaço territorial mínimo, que, para um povo desta grandeza, siginificava controlar toda a Europa.

Outras formas de xenofobia:
Pessoas naturalmente possuem xenofobia a coisas alienígenas (ao que é bizarro e jamais visto por este), não necessariamente provindo de outro mundo. Esta manifestação de xenofobia pode, por exemplo, explicar medo pelo sobrenatural e extra-terrestre, ou o fascínio pelo medo às criações de H. P. Lovecraft (ver Cthulhu Mythos), ou as pinturas de H. R. Giger (mais conhecido pela criação da criatura xenomorfa do filme Alien).
Porém xenofobia pode se manifestar como medo a um desconhecido familiar, mas diferente ao comum (por exemplo, a culturas diferentes). Neste caso, o medo é mascarado no indivíduo em forma de aversão ou ódio, gerando preconceitos. Note, porém, que nem todo preconceito é causado por xenofobia, como veremos adiante.Como qualquer fobia, xenofobia pode vir em diferentes intensidades, podendo se tornar uma doença psicológica.

Tratamento
Para o tratamento da xenofobia são normalmente utilizados os métodos da terapia comportamental. O principal princípio desta terapia no que concerne às fobias, é o da exposição ao objecto ou situação fóbica. No caso particular da xenofobia, será a exposição do doente a situação estranhas que ativam sua fobia. Assim sendo, o sujeito vai descobrir que tal situação aterrorizadora, não representa qualquer perigo ou ameaça como ele imaginava. Para ser possível este tipo de encontros, o sujeito vai aprender determinadas técnicas para lidar com a ansiedade ou angústia que sente em relação ao encontro com pessoas conhecidas. De todos os métodos comportamentais, a dessensibilização sistemática parece ser o que melhor resulta no tratamento da xenofobia, uma vez que a exposição à situação ou objecto fóbico é gradual.
A técnica de dessensibilização sistemática foi desenvolvida entre 1952 e 1958 por Joseph Wolpe (psiquiatra sul-africano defensor da terapia do comportamento). O doente, durante um estado de relaxamento físico, vai imaginar uma hierarquia de situações que lhe provoca ansiedade, com o objectivo de familiarizar-se com elas e, ao mesmo tempo, com a finalidade da diminuição das respostas ansiosas.
Em alguns casos mais graves é habitual a administração de medicamentos que tenham por objectivo principal a diminuição da ansiedade extrema, uma vez que esta impede que se realizem as sessões terapêuticas de uma forma eficaz.
Em outros casos, pode-se desenvolver crenças irracionais (geralmente preconceituosas), pelo que também é recomendado que se busquem estratégias cognitivas que trabalhem tais crenças.



Trabalho de Sociologia
Alunos: Lorena e Bruno

REFORMA CALVINISTA



Na França, o teólogo João Calvino posicionou-se com as obras protestantes e as idéias evangelistas, partindo da necessidade de dar à Reforma um corpo doutrinário lógico, eliminando todas as primeiras afirmações fundamentais de Lutero: a incapacidade do homem, a graça da salvação e o valor absoluto da fé.
Calvino julgava Deus todo poderoso, estando a razão humana corrompida, incapaz de atingir a verdade. Segundo ele, o arrependimento não levaria o homem à salvação, pois este tinha natureza irremediavelmente pecadora. Formulou então a Teoria da Predestinação: Deus concedia a salvação a poucos eleitos, escolhidos por toda a eternidade. Nenhum homem poderia dizer com certeza se pertencia a este grupo, mas alguns fatores, entre os quais a obediência virtuosa, dar-lhe-iam esperança.
Os protestantes franceses seguidores da doutrina calvinista eram chamados huguenotes, e se propagaram rapidamente pelo país. O calvinismo atingiu a Europa Central e Oriental. Calvino considerou o cristão livre de todas as proibições inexistentes em sua Escritura, o que tornava lícitas as práticas do capitalismo, determinando uma certa liberdade em relação à usura, enquanto Lutero, muito hostil ao capitalismo, considerava-o obra do demônio. Segundo Calvino, "Deus dispôs todas as coisas de modo a determinarem a sua própria vontade, chamando cada pessoa para sua vocação particular".
Calvino morreu em Genebra, em 1564.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

REFORMA LUTERANA



O surgimento dos luteranos está ligado ao início da Reforma. A idéia central da Reforma é a convicção de que o ser humano não pode nem tem necessidade de salvar-se por si mesmo. Antes, a salvação é dada em Cristo "unicamente pela graça" e aceita "somente pela fé". Aparentemente simples, esse pensamento, biblicamente fundamentado, originou uma nova compreensão da Igreja, do sacerdócio, dos sacramentos, da espiritualidade, da devoção, da conduta moral (ética), do mundo, incluindo aí a economia, a educação e a política.
Lutero nasceu no dia 10 de novembro de 1483 em Eisleben, Alemanha. Preocupado com a salvação, o jovem Martinho Lutero decidiu tornar-se monge. Durante seu estudo, sempre o acompanhava a pergunta: "Como posso conseguir o amor e o perdão de Deus?" Lutero foi descobrindo ao longo dos seus estudos que para ganhar o perdão de Deus ninguém precisava castigar-se ou fazer boas obras, mas somente ter fé em Deus. Com isso, ele não estava inventando uma doutrina, mas retomando pensamentos bíblicos importantes que estavam à margem da vida da igreja naquele momento.
Lutero decidiu tornar públicas essas idéias e elaborou 95 teses, reunindo o mais importante de sua (re)descoberta teológica, e fixou-as na porta da igreja do castelo de Wittenberg, no dia 31 de outubro de 1517. Ele pretendia abrir um debate para uma avaliação interna da Igreja, pois acreditava que a Igreja precisava ser renovada a partir do Evangelho de Jesus Cristo.

Em pouco tempo toda a Alemanha tomou conhecimento do conteúdo dessas teses e elas espalharam-se também pelo resto da Europa. Embora tivesse sido pressionado de muitas formas - excomungado e cassado - para abandonar suas idéias e os seus escritos, Lutero manteve suas convicções. Suas idéias atingiram rapidamente o povo e essa divulgação foi facilitada pelo recém inventado sistema de impressão de textos em série.
O Movimento da Reforma espalhou-se pela Europa. Em 1530 os líderes protestantes escreveram a "Confissão de Augsburgo", resumindo os elementos doutrinários fundamentais do luteranismo.
Em 1546, no dia 18 de fevereiro, aos 62 anos, Martinho Lutero faleceu. Finalmente, em 1555, o Imperador reconheceu que haviam duas diferentes confissões na Alemanha: a Católica e a Luterana.